terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Abertura da lagoa

Como sabemos, a LIALA ao longo dos anos tem relatado a inúmeras autoridades as suas preocupações nomeadamente relativas à abertura da lagoa.
Não se encontrando uma solução definitiva, continuamos no sistema de “abre e fecha” da lagoa com a agravante dos seus intervalos serem cada vez maiores, originando a total perda de oxigénio nas suas águas e por conseguinte a destruição da vida animal dentro dela. Devido a isto, por algumas vezes nestes últimos anos, a lagoa perdeu toda a salinidade provocando a morte de peixes e de centenas de toneladas de mexilhão que se encontravam nos viveiros jangadas e que hoje se encontram no fundo da lagoa.
Para ajudar a tudo isto, ainda se verifica que a operação de manutenção da Estação de Tratamento de águas a juzante tem por vezes deficiente actuação e assim os seus detritos lá se encaminham para a lagoa. Também não podemos esquecer que existem ao redor da lagoa centenas de fossas domésticas em terrenos permeáveis e os seus conteúdos também se dirigem para a lagoa.
Sabemos que estes últimos pontos apenas terão solução aquando da construção da ETAR, que está prevista para 2008. Todavia, a lagoa corre o sério risco de se tornar num pântano se as solução não avançarem a curto prazo. Talvez a solução passe por uma destas hipóteses:

  • Um projecto de modo a fazer com que a lagoa ficasse ligada ao mar definitivamente através de 2 esporões pelo mar dentro e a sua continuação dentro da lagoa;
  • A ideia do aproveitamento das areias a sair dentro da lagoa debaixo de um criterioso estudo de modo a não haver outras consequências;
Na década de 80 falou-se em colocar uma draga no meio da lagoa de modo a que os seus fundos pudessem ficar limpos, mas essa draga foi enviada para a Lagoa de Óbidos e a nossa lagoa foi esquecida... nada ao que já não estivessemos, infelizmente, habituados.

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