Em Outubro de 2009, Augusto Pólvora, presidente da câmara de Sesimbra, referiu que a Lagoa de Albufeira iria ganhar uma “imagem nova”, após a candidatura ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) ter sido aprovada.
Segundo o autarca, fica “garantido o financiamento para a requalificação de todos os acessos às três principais praias” do concelho e destaca a intervenção “fundamental” na estrada dos Murtinhais, que será uma “obra da autarquia”. No entanto, continua por resolver o “problema gravíssimo” do assoreamento da lagoa.
O presidente sesimbrense considera que é “fundamental” encontrar uma solução, que passa pelo “desassoreamento regular de cinco em cinco anos” da lagoa ou por uma “obra de engenharia”, que permita a ligação permanente ao mar, mas fechada através de emissários com comportas. Na sua opinião, esta última seria a “solução ideal”, porque “evita o assoreamento que é provocado pelo lado do mar” e permitia que a Lagoa de Albufeira “não estivesse fechada três ou quatro meses por ano”. Este é um projecto que ronda os “cinco ou seis milhões de euros”.
No entanto, Augusto Pólvora lembra que esta é “uma responsabilidade da administração central”, realçando que Sesimbra tem sido “descriminada”, uma vez que o Governo comparticipou já na totalidade obras como as do enchimento das praias da Costa da Caparica ou da lagoa de Óbidos. O edil lembra que o último desassoreamento da lagoa foi feito “há dez anos” e que, actualmente, apenas é feita a sua abertura com uma máquina, que “limita-se a abrir e a fazer entrar mais areia”, piorando a situação.
Quanto ao projecto de valorização agora aprovado para a Lagoa de Albufeira, que está orçado em dois milhões de euros, com a câmara a comparticipar as obras em 50 por cento, Augusto Pólvora revela que vai haver “uma requalificação urbana dos acessos públicos e dos passeios, com a reorganização do trânsito caótico e a o aumento do parque de estacionamento”, além da criação de vários caminhos pedonais e de bicicleta, “entre a Casa do Infantado até à Lagoa Pequena e por cima das dunas até à praia da Amieira”.
Além disso, vai ser criada “uma plataforma de observação na zona onde agora está o restaurante mais antigo”, que por sua vez vai ser demolido, assim como a construção de um passadiço junto ao talude sul, “com um lugar previsto para o novo apoio da praia”. Vai ser ainda instalada iluminação pública em toda a área, “algo que não havia”, assim como uma intervenção paisagística, “com o tratamento das espécies da zona”. Quanto à localização para o novo restaurante, vai ser “colocada em hasta pública”. Estas obras estarão terminadas em 2011.
Na opinião do presidente da câmara, esta é uma intervenção “fundamental”, uma vez que a Lagoa de Albufeira é “uma zona emblemática e a mais procurada pela população da grande Lisboa”. Por isso, a “renovação da imagem é importante para o concelho enquanto destino turístico” e vai contribuir para o “melhoramento da sua atractividade”, conclui.