terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Artigo no Jornal de Sesimbra (Janeiro 2008)

A última oportunidade

Para a Lagoa de Albufeira, o ano de 2007 não foi particularmente feliz. No entanto houve acontecimentos e avanços nesta localidade que merecem destaque. O inicio dos trabalhos de construção da futura ETAR Lagoa/Meco, o avanço no plano de urbanização, o asfaltamento dos acessos ao Mercado e alguma evolução protocolar relativamente à gestão dos espaços verdes são disso exemplos.No entanto parece-me ser muito pouco aos olhos de uma população que continua a aguardar por melhorias e trabalhos de índole básica tomando-se como exemplo os trabalhos de electrificação no Mercado que apenas em Janeiro se iniciaram. Por outro lado, está programado para este ano, o ínicio da pavimentação da Estrada dos Murtinhais tal como é reinvidicado há muitos anos. Mas - chamem-me pessimista – eu só acredito quando os trabalhos estiverem terminados antes do dia 31 de Dezembro de 2008, tal como apenas confio no fim dos trabalhos da ETAR quando a mesma estiver em pleno funcionamento. Infelizmente todos nós estamos acostumados a promessas que não são cumpridas e a desagradáveis surpresas, pois apesar de todas as boas vontades (ou não) é incompreensível aquilo que no passado Verão aconteceu pela segunda vez consecutiva. Os acessos à praia são vergonhosos e perigosos, mas durante todo o ano de 2007 absolutamente nada se fez a esse respeito.Julgo que o ano de 2008 será um importante ano de viragem e onde se vai decidir definitivamente se de facto vale a pena apostar ou não na reconversão total e a todos os níveis da Lagoa de Albufeira. É vital que o focus das entidades e dos seus responsáveis se concentre nas pessoas e na melhoria das suas condições de habitabilidade ao criar infra estruturas de apoio à sua radicação definitiva. Caso contrário, temo que todo o esforço de largos anos dos verdadeiros amigos da Lagoa de Albufeira terá sido em vão.
Nota: Tal como há muito se esperava, o inevitável aconteceu e o restaurante Príncipe Real caiu e desapareceu de vez. Na minha opinião este foi mais um exemplo de uma má gestão de todas as partes envolvidas que com diálogo poderia ter tido outro final mais digno para todos, inclusivamente para a própria Praia da Lagoa.

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