segunda-feira, 15 de março de 2010

Lagoa de Albufeira em Sesimbra vai ganhar “imagem nova”

Em Outubro de 2009, Augusto Pólvora, presidente da câmara de Sesimbra, referiu que a Lagoa de Albufeira iria ganhar uma “imagem nova”, após a candidatura ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) ter sido aprovada.
Segundo o autarca, fica “garantido o financiamento para a requalificação de todos os acessos às três principais praias” do concelho e destaca a intervenção “fundamental” na estrada dos Murtinhais, que será uma “obra da autarquia”. No entanto, continua por resolver o “problema gravíssimo” do assoreamento da lagoa.
O presidente sesimbrense considera que é “fundamental” encontrar uma solução, que passa pelo “desassoreamento regular de cinco em cinco anos” da lagoa ou por uma “obra de engenharia”, que permita a ligação permanente ao mar, mas fechada através de emissários com comportas. Na sua opinião, esta última seria a “solução ideal”, porque “evita o assoreamento que é provocado pelo lado do mar” e permitia que a Lagoa de Albufeira “não estivesse fechada três ou quatro meses por ano”. Este é um projecto que ronda os “cinco ou seis milhões de euros”.
No entanto, Augusto Pólvora lembra que esta é “uma responsabilidade da administração central”, realçando que Sesimbra tem sido “descriminada”, uma vez que o Governo comparticipou já na totalidade obras como as do enchimento das praias da Costa da Caparica ou da lagoa de Óbidos. O edil lembra que o último desassoreamento da lagoa foi feito “há dez anos” e que, actualmente, apenas é feita a sua abertura com uma máquina, que “limita-se a abrir e a fazer entrar mais areia”, piorando a situação.
Quanto ao projecto de valorização agora aprovado para a Lagoa de Albufeira, que está orçado em dois milhões de euros, com a câmara a comparticipar as obras em 50 por cento, Augusto Pólvora revela que vai haver “uma requalificação urbana dos acessos públicos e dos passeios, com a reorganização do trânsito caótico e a o aumento do parque de estacionamento”, além da criação de vários caminhos pedonais e de bicicleta, “entre a Casa do Infantado até à Lagoa Pequena e por cima das dunas até à praia da Amieira”.
Além disso, vai ser criada “uma plataforma de observação na zona onde agora está o restaurante mais antigo”, que por sua vez vai ser demolido, assim como a construção de um passadiço junto ao talude sul, “com um lugar previsto para o novo apoio da praia”. Vai ser ainda instalada iluminação pública em toda a área, “algo que não havia”, assim como uma intervenção paisagística, “com o tratamento das espécies da zona”. Quanto à localização para o novo restaurante, vai ser “colocada em hasta pública”. Estas obras estarão terminadas em 2011.
Na opinião do presidente da câmara, esta é uma intervenção “fundamental”, uma vez que a Lagoa de Albufeira é “uma zona emblemática e a mais procurada pela população da grande Lisboa”. Por isso, a “renovação da imagem é importante para o concelho enquanto destino turístico” e vai contribuir para o “melhoramento da sua atractividade”, conclui.

3 comentários:

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

Desde já quero felicitar a aprovação da candidatura ao QREN e referir que esta oportunidade deverá ser aproveitada para iniciar a inversão da degradação da qualidade da água que a Lagoa de Albufeira tem vindo a ser afectada nestas ultimas décadas.
Até 15/7 deverá ser transporta para a lei portuguesa a directiva-quadro da estratégia para o meio marinho em que serão definidas áreas marinhas protegidas. E de facto quando à uns anos atrás os pescadores de Sesimbra e Alfarim se juntavam para abrir a lagoa à pá era pela importância vital que todos reconheciam para o meio marinho e para a actividade piscatória. Nessa altura ainda não tinha sido efectuada a barreira de aterro cuja intenção foi boa mas contribuiu para acelerar o assoreamento e eutrofisação da lagoa. No entanto ainda estamos a tempo de salvar a lagoa e uma contribuição importante para a manutenção dos recursos piscatórios da foz do Tejo e Sado. Isso não se faz num dia nem sem conhecimento aprofundado sobre os assuntos, mas o importante é começar a inverter a tendência de degradação e a informação e educação das pessoas que frequentam a lagoa é fundamental e uma direcção a seguir um projecto.
São necessárias todas as pessoas que encontrem formas que permitam manter o equilíbrio entre as necessidades do homem e os recursos marítimos. E devemos todos fazer um esforço para proteger o mar e a lagoa como se a nossa vida dependesse disso, porque ela depende realmente disso.


C.Santos

Jorge disse...

"A cara nova da Lagoa"

Ainda bem que agora a Lagoa de Albufeira vai ganhar nova imagem.

Fico satisfeito por isso. No entanto preocupado com as ideias do Sr. Presidente da Câmara de Sesimbra.

É verdade que o assoriamento da Lagoa é de facto preocupante e urge uma solução, no entanto a solução de Engenharia tida como ideal pelo Sr. Presidente, vem descaracterizar a imagem da Lagoa, passando de uma praia selvagem para uma Lagoa com paredões, pontões e comportas para regular as marés.

É preciso não esquecer a imagem global que quando se cria uma "obra de engenharia", esta por sua vez tráz acessos para manutenção, edificios de apoio para manutenção e infraestruturas para manutenção, em pouco tempo temos a Lagoa transformada numa marina.

Não devemos esquecer que Lagoa de Albufeira é o nome dado a uma lagoa com ligação ao mar.

As marés é que devem controlar a entrada e a saida de aguas da lagoa não será através de métodos mecânicos isso é contra natura.

Será o fim do "carrocel" na corrente da lagoa.

POR UMA LAGOA SELVAGEM